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agroterrorismo destruiu Cacau

 A produção brasileira de cacau estagnou muitos anos devido ao agro terrorismo.
 A sabotagem nas plantações do sul da Bahia sequer foi devidamente investigada.
 Em Pindorama, os psicopatas agem como se fosse "normal" suas ações terroristas. Como não há liberdade de imprensa, a mídia age como se nada estivesse acontecendo. Quem ousa abrir a boca, não tem muita alternativa. Quem não se vende, termina nas estatísticas de 300 assassinatos- desaparecimentos diários!
 O agro terrorismo empobreceu o sul da Bahia esteado na produção cacaueira. Dezenas de milhares de empregos foram perdidos! Reduziu postos de trabalho também nos transportes e serviços.
 O desmatamento foi acelerado.
 O Brasil tornou-se importador de cacau. 
 Toda essa maldade foi para causar uma crise na região rica. Arruinaram os produtores obrigando-os a venderem as suas propriedades por preços baixos.
 Ao final, maior parte da riqueza do sul da Bahia foi parar nas mãos da NOM (Nova Ordem Mundial), financiadora dos movimentos de esquerda e direita.

 Essa estratégia psicopata - causar instabilidade, quebradeiras e a desvalorização - assegura aos humanistas dissimulados lucrarem comprando tudo muito barato http://bit.ly/Foro-SP-NOM


AGROTERRORISMO: 20 anos após ataque ao Cacau, o Brasil retoma exportação...
Brasil volta a exportar amêndoas de cacau depois de 20 anos. Amêndoas de cacau são a matéria-prima principal do chocolate. Produto passou por crise que quase destruiu as lavouras.

Print da matéria do Jornal Nacional tratando da retomada da exportação de amêndoa de Cacau após 20 anos. A mais importante ação de Agroterrorismo feita no Brasil.

Agroterrorismo

A edição do Jornal Nacional do dia 02 Novembro 2015, em busca de boas notícias para o atual momento brasileiro, aprese,ntou a matéria “Após 20 anos Brasil Exporta Amêndoas de Cacau”.(Texto transcrito abaixo e link para a matéria no Portal G1 incluindo vídeo).

Para compor a matéria do Jornal Nacional recuperamos as  ações de Agroterrorismo que as plantações de cacau sofreram nos anos 80.

As ações foram tratadas na matéria especial de Policarpo Junior, de Veja, em 2006. Link para íntegra da matéria de VEJA abaixo:

Agroterrorismo - Petistas são acusados de disseminar a praga
que destruiu a lavoura de cacau no sul da Bahia– Veja.


Matéria publicada na edição do Jornal Nacional, 02 Novembro 2015.
 Após 20 anos Brasil Exporta Amêndoas de Cacau


 Depois de 20 anos, o Brasil voltou a exportar amêndoas de cacau - a principal matéria-prima do chocolate. O produto que já foi símbolo de prosperidade no sul da Bahia começa a se recuperar.
O navio holandês está sendo carregado no Porto de Ilhéus. Cem mil sacas de cacau, 6,6 mil toneladas. O Brasil vinha importando o produto para abastecer o mercado interno. De 1995 para cá é a primeira exportação.
"É um momento de alegria, porque nós estamos exportando um cacau de excelente qualidade. O cacau brasileiro volta a ser aquele cacau com imagem lá fora de muito respeito", aponta o presidente do Sindicato dos Produtores, Milton Andrade.
 Os produtores têm motivos para comemorar. A produção melhorou depois de uma crise histórica. Nas últimas duas décadas, a vassoura de bruxa, doença que mata os cacaueiros, chegou a reduzir em 90% a produção das amêndoas. 
 A região ficou arrasada. Milhares de fazendas faliram, mais de 200 mil trabalhadores foram dispensados. A recuperação foi lenta e precisou de muitas pesquisas com cruzamentos genéticos.
 Os produtores foram obrigados a replantar grande parte da lavoura. Mesmo assim, a vassoura de bruxa continua espalhada pelas fazendas da região. A diferença é que as novas plantas são mais tolerantes, conseguem conviver com a doença.
 Os cacaueiros estão carregados. A colheita está trazendo de volta às fazendas trabalhadores que ficaram anos desempregados.
 "Foram dois irmãos meus pra São Paulo e já voltaram, já estão trabalhando", conta o trabalhador rural Ubaldino Costa Santos.
 "Melhorou e tem que melhorar mais. Com fé em Deus a gente vai à luta", diz o trabalhador rural Ivanilson Conrado.
 Há vagas de trabalho, e com carteira assinada, diz o gerente de uma fazenda.
 Evandro dos Santos: "Está faltando gente pra trabalhar na roça."
 Repórter: Aqui você tem quantas vagas?
 Evandro: No mínimo dez vagas.
 A volta da boa colheita veio acompanhada de mais produtividade. É que as novas plantas produzem frutas mais pesadas.
 "Com catorze frutos, você consegue um quilo de amêndoas secas, enquanto que no passado eram necessários de 20 a 25 frutos para se chegar a um quilo de amêndoas secas", conta o produtor de cacau Águido Muniz.
 Na Bahia, o cacau é produzido em áreas bem preservadas da Mata Atlântica. E como as amêndoas são de boa qualidade, a região já começou a fabricar chocolates finos. E sonha alto.
 "Os consumidores conscientes vão olhar pro nosso produto com muito carinho, com muita atenção  aos nossos aromas, ao nossos sabores e  nós vamos competir com os melhores chocolates", comenta o presidente da Associação dos Fabricantes de Chocolate, José Carlos Maltez.
 O sul da Bahia produz duas toneladas de chocolates. Abastece parte do mercado interno, mas os produtores trabalham para exportar, além da matéria-prima, também o produto final do cacau.
 Link para o vídeo no G1



03 de Novembro, 2015 - 14:02 ( Brasília )

http://www.defesanet.com.br/dqbrn/noticia/20725/

COBERTURA ESPECIAL - DQBRN - Inteligência

21 de Junho, 2006 - 12:00 ( Brasília )

AGROTERRORISMO: psicoPaTas propagaram a praga do Cacau?

Petistas são acusados de disseminar a praga que destruiu a lavoura de cacau no sul da Bahia
Franco Timóteo, que confessa o crime: o plano era minar a influência política dos barões do cacau Foto Revista VEJA
 

Policarpo Junior
Revista VEJA

No dia 22 de maio de 1989, durante uma inspeção de rotina, um grupo de técnicos descobriu o primeiro foco de uma infecção devastadora conhecida como vassoura-de-bruxa numa plantação de cacau no sul da Bahia. A praga é mortal para os cacaueiros. Os técnicos, porém, se tranqüilizaram com a suposição de que se tratava apenas de um foco isolado. Engano. Em menos de três anos, de forma espantosamente veloz e estranhamente linear, a vassoura-de-bruxa destruiu as lavouras de cacau na região – e fez surgir um punhado de explicações para o fenômeno, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana.

Reforçando, então, as suspeitas de sabotagem, técnicos encontraram ramos infectados com vassoura-de-bruxa amarrados em pés de cacau – algo que só poderia acontecer pela mão do homem, e nunca por ação da própria natureza. A Polícia Federal investigou a hipótese de sabotagem, mas, pouco depois, encerrou o trabalho sem chegar a uma conclusão. Agora, dezessete anos depois, surge a primeira testemunha ocular do caso. Ele conta que houve, sim, sabotagem, só que realizada por brasileiros.

Em quatro entrevistas a VEJA, o técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, baiano, 54 anos, contou detalhes de como ele próprio, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para conceber e executar a sabotagem. O grupo, que já atuava em greves e protestos organizados na década de 80 em Itabuna, a principal cidade da região cacaueira da Bahia, pretendia aplicar um golpe mortal nos barões do cacau, cujo vasto poder econômico se desdobrava numa incontrastável influência política na região.

O grupo entendeu que a melhor forma de minar o domínio político da elite local seria por meio de um ataque à base de seu poder econômico – as fazendas de cacau. "O imperialismo dos coronéis era muito grande. Só se candidatava a vereador e prefeito quem eles queriam", diz Franco Timóteo. A idéia, diz ele, partiu de Geraldo Simões, figura de proa no PT em Itabuna que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo – Everaldo Anunciação, Wellington Duarte, Eliezer Correia e Jonas Nascimento – tinham perfil idêntico: eram todos membros do PT e todos trabalhavam na Ceplac.

Franco Timóteo conta que, bem ao estilo festivo da esquerda, a primeira reunião em que o assunto foi discutido aconteceu num bar em Itabuna – o Caçuá, que não existe mais. Jonas Nascimento explicou que a idéia era atingir o poder econômico dos barões do cacau. Geraldo Simões sugeriu que a vassoura-de-bruxa fosse trazida do Norte do país, onde a praga era – e ainda é – endêmica. Franco Timóteo, que já morara no Pará em 1976, foi escolhido para transportar os ramos infectados. "Então eu disse: 'Olha, eu conheço, sei como pegar a praga, mas tem um controle grande nas divisas dos estados'." Era fim de 1987, início de 1988.

Apesar do risco de ser descoberto no caminho, Franco Timóteo foi escalado para fazer uma primeira viagem até Porto Velho, em Rondônia. Foi de ônibus, a partir de Ilhéus. "Em Rondônia, qualquer fazenda tem vassoura-de-bruxa. Nessa primeira viagem, peguei uns quarenta, cinqüenta ramos. Coloquei num saco plástico e botei no bagageiro do ônibus. Se alguém pegasse, eu abandonava tudo." Nos quatro anos seguintes, repetiria a viagem sete ou oito vezes, com intervalos de quatro a seis meses entre uma e outra. "Mas nas outras viagens trouxe os ramos infectados num saco de arroz umedecido. Era melhor. Nunca me pegaram."

Franco Timóteo conta que, quando voltava para Itabuna, entregava o material ao pessoal encarregado de distribuir a praga pelas plantações. A primeira fazenda escolhida para a operação criminosa chamava-se Conjunto Santana, ficava em Uruçuca e pertencia a Francisco Lima Filho, então presidente local da União Democrática Ruralista (UDR) e partidário da candidatura presidencial de Ronaldo Caiado. Membro de uma tradicional família cacaueira, Chico Lima, como é conhecido, tinha o perfil ideal para os sabotadores: era grande produtor e adversário político.

"Chico Lima era questão de honra para nós", diz Franco Timóteo. Foi justamente na fazenda de Chico Lima que foi encontrado o primeiro foco de vassoura-de-bruxa, em 22 de maio de 1989 – e a imagem dos técnicos, no exato momento em que detectam a praga, ficou registrada numa fita de vídeo à qual VEJA teve acesso. Como medida profilática os técnicos decidiram incinerar todos os pés de cacau da fazenda. Chico Lima ficou arruinado. Hoje, arrenda as terras que lhe restam e vive dos lucros de uma distribuidora de bebidas. Informado por VEJA da confissão de Franco Timóteo, ele lembrou que sempre se falou de sabotagem – mas de estrangeiros – e mostrou-se chocado. "Isso é um crime muito grande, rapaz. Os responsáveis têm de pagar", disse.

Os ataques às fazendas, todas situadas ao longo da BR-101, aconteciam sempre nos fins de semana, quando diminui o número de funcionários. O grupo tinha o cuidado de usar um carro com logotipo da Ceplac para criar um álibi: se eles fossem descobertos por alguém, diriam que estavam fazendo um trabalho de campo.

"A gente chegava, entrava, amarrava o ramo infectado no pé de cacau e ia embora. O vento se encarregava do resto", conta Franco Timóteo. Para dar mais verossimilhança a uma suposta disseminação natural da vassoura-de-bruxa, o grupo tentou infectar pés de cacau numa lavoura mantida pela própria Ceplac. Não deu certo, devido à presença de um vigia, e o grupo acabou esquecendo, no atropelo da fuga, um saco com ramos infectados sobre a mesa do escritório da Ceplac. A operação criminosa, por eles apelidada de "Cruzeiro do Sul", desenrolou-se por menos de quatro anos – de 1989 a 1992. "No início de 1992, parou. Geraldo Simões disse que a praga estava se propagando de forma assustadora. Não precisava mais."

Os sabotadores nunca foram pegos, mas deixaram muitas pistas. "Encontramos provas de que houve sabotagem em várias fazendas", conta Carlos Viana, que trabalhava como diretor da Ceplac quando a praga começou a se disseminar. Ele se lembra do saco plástico esquecido sobre a mesa do escritório da Ceplac numa das lavouras – e isso o levou, inclusive, a acionar a Polícia Federal para investigar a hipótese de sabotagem. "Uma coisa eu posso garantir: os focos não foram acidentais", diz Viana, que deixou o órgão e tem hoje uma indústria de óleo vegetal.

Propagação da vassoura-de-bruxa na Bahia. Arte VEJA

Um relatório técnico e oficial, elaborado pela Ceplac logo no início das investigações, chegou a considerar a hipótese de que produtores do Norte do país teriam levado a vassoura-de-bruxa para as plantações da Bahia – mas movidos por "curiosidade ou ignorância". O relatório afirma que a chegada à Bahia da Crinipellis perniciosa, nome científico do fungo causador da vassoura-de-bruxa, "não pode ser atribuída a agentes naturais de disseminação". VEJA consultou Lucília Marcelino, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, para saber se a história contada por Franco Timóteo seria viável. "Sob o ponto de vista técnico, sim", diz ela.

A sabotagem produziu um desastre econômico. Derrubou a produção nacional para menos da metade, desempregou cerca de 200.000 trabalhadores e fez com que o Brasil, então o segundo maior produtor mundial de cacau, virasse importador da fruta. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas, elaborado em 2002, estima que a devastação do cacau na Bahia provocou, nos últimos quinze anos, um prejuízo que pode chegar à astronômica cifra de 10 bilhões de dólares.

Mas, na mesquinharia política dos sabotadores, o plano foi um sucesso.Em 1992, no primeiro pleito depois da devastação, Geraldo Simões elegeu-se prefeito de Itabuna pelo PT – e presenteou os quatro companheiros de sabotagem com cargos em sua gestão. Everaldo Anunciação foi nomeado secretário da Agricultura – cargo que deixaria dois anos depois, sendo substituído por Jonas Nascimento, o outro petista sabotador. Wellington Duarte, também membro do grupo da sabotagem, ficou como chefe-de-gabinete do prefeito.

E Eliezer Correia ganhou o cargo de secretário de Administração e Finanças. Como não pertencia ao PT, Franco Timóteo não ganhou cargo algum na prefeitura. Em 1994, com o recrudescimento de suspeitas de que a vassoura-de-bruxa fora uma sabotagem, ele resolveu deixar Itabuna e mudar-se para Rondônia. O prefeito lhe deu um cheque de 250.000 cruzeiros reais (o equivalente a 800 reais hoje) para ajudar nas despesas da viagem – paga, para variar, com dinheiro público.

A operação consta da contabilidade da prefeitura, em que está registrada sob o número 2 467, e informa que o beneficiário era mesmo Franco Timóteo, mas, providencialmente, não há processo descrevendo o motivo do pagamento. "É estranho. Se havia algum processo, sumiu", diz o atual prefeito, Fernando Gomes, do PFL.

Nos últimos anos, Franco Timóteo tem sido assaltado pelo remorso do crime que cometeu. Um dos atingidos era seu parente. Silvano Franco Pinheiro, seu primo, tinha uma empresa de exportação de semente de cacau que chegou a faturar 30 milhões de dólares por ano. "Perdi tudo", conta Pinheiro, que, há seis anos, ouviu a confissão de Franco Timóteo.

"Falei para ele sumir da cidade porque seria morto", conta o primo. Para expiar sua culpa, Franco Timóteo também fez sua confissão para outro fazendeiro, Ozéas Gomes, que chegou a produzir 80.000 arrobas de cacau e empregar 1.400 funcionários – e hoje mantém ainda um padrão confortável de vida, mas emprega apenas 100 funcionários, A produção caiu para 15.000 arrobas.

"Quando ouvi a história, fiquei com muita raiva. Mas, depois, ele explicou que não tinha idéia da dimensão do que fazia…" No fim do ano passado, Franco Timóteo confessou-se ao senador César Borges, do PFL baiano e plantador de cacau. "A história dele tem muitos pontos de veracidade diante do que a gente sempre suspeitou ter acontecido", diz o senador. O governador Paulo Souto, cujos familiares perderam tudo devido à vassoura-de-bruxa, também ouviu uma confissão de Franco Timóteo. O senador e o governador, porém, decidiram ficar em silêncio, segundo eles para evitar a acusação de exploração política.

Os acusados desmentem categoricamente qualquer envolvimento na sabotagem e dizem até que nem sequer conhecem Franco Timóteo. "Nunca vi esse louco", diz Geraldo Simões, que, no governo Lula, ganhou a presidência da Companhia das Docas da Bahia, da qual se afastou agora para concorrer a deputado federal pelo PT. "Essa história toda é fantasiosa", diz Eliezer Correia, que continua cuidando de cacau e hoje é chefe de planejamento da Ceplac, em Itabuna.

"É um absurdo", diz Wellington Duarte, que, no atual governo, foi promovido a um dos chefões da Ceplac em Brasília. Everaldo Anunciação, que foi nomeado para o cargo de vice-diretor da Ceplac, diz que não liga o nome à pessoa. Jonas Nascimento – demitido a bem do serviço público na década de 90, voltou numa função comissionada, em 2003, no Centro de Extensão da Ceplac em Itabuna – é o único que admite conhecer Franco Timóteo, mas nega a história.

Talvez seja o único a contar um pedaço da verdade. Ouvido por VEJA, o publicitário Ithamar Reis Duarte, ex-secretário de Meio Ambiente na gestão do petista Geraldo Simões, conta que essa turma toda – Franco Timóteo e os petistas – é de velhos conhecidos. "Era um grupo que se reunia sempre para planejar ações", diz ele, que participou de alguns encontros. "Fazíamos reuniões até no meu escritório. Se alguém negar isso, estará mentindo".


http://www.defesanet.com.br/dqbrn/noticia/20722/Governo-brasileiro-se-arma-contra-o--agroterrorismo-/

COBERTURA ESPECIAL - DQBRN - Tecnologia

18 de Outubro, 2005 - 12:00 ( Brasília )

Governo brasileiro se arma contra o "agroterrorismo"

Focos de aftosa expõem fragilidades do país e valorizam ações contra outros riscos no futuro

Mauro Zanatta
De Brasília
A chamada "bioglobalização" tornou o Brasil altamente vulnerável ao ingresso de novas pragas e doenças no curtíssimo prazo. O movimento global de mercado somado à disseminação de organismos vivos podem trazer ao país novos fungos, bactérias, vírus e ácaros tão devastadores à produção e à economia nacional quanto os focos de febre aftosa de Mato Grosso do Sul.

Um grupo estratégico coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) desenhou um cenário sombrio para os próximos anos. Há cada vez mais riscos de bioterrorismo e agroterrorismo, concentrados, sobretudo, na temida gripe aviária, que já avançou da Ásia para a Europa. O grupo oficial critica a adequação dos controles e a estratégia adotada pelo país para impedir a entrada desses minúsculos inimigos incrustados em pessoas e produtos.

Especialista em genética e melhoramento de plantas, o agrônomo Afonso Candeira Valois trabalha no grupo com o conceito bastante concreto de segurança biológica. O Brasil está, segundo ele, exposto a pelo menos quatro grandes ameaças na área vegetal - monília do cacaueiro, o besouro asiático, ácaro do arroz e cochonilha rosada - e a outras três doenças na área animal: "vaca louca", "cabra louca" e a própria gripe aviária.

A "bioglobalização" ameaça a produção nacional com a introdução intencional de pragas e doenças. "O Brasil é uma ameaça comercial a outros países. Há uma competição feroz e não podemos ser ingênuos nesse jogo", disse Valois ao Valor. "O cerco vai se fechar ainda mais sobre nós". Segundo ele, o país vive a "iminência de novas tragédias econômicas com repercussões sociais" como os focos de aftosa. "Deus nos livre da gripe aviária".

Ex-chefe-geral da unidade de Recursos Genéticos da Embrapa (1995-1999), Valois lista casos de bioterrorismo e agroterrorismo praticados contra o Brasil e investigados pelo governo. Segundo ele, ainda nos anos 70, entrou no país o vetor do bicudo, praga que dizimou as lavouras de algodão no Paraná e no Nordeste do país. "O bicudo entrou, de forma intencional, pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), direto dos Estados Unidos", afirmou. "Não foi um caso para um país produzir mais e tomar nosso mercado, mas para vender mais defensivos". A introdução da ferrugem asiática da soja, em 2003, também foi intencional, segundo Valois. "Havia registros de esporos do fungo no Paraguai, a 200 quilômetros da nossa fronteira. Depois, sem explicação, apareceu no meio de Mato Grosso". Na época, o governo protestou contra a presença de um funcionário do Departamento de Agricultura dos EUA na região por sua suposta participação na introdução do fungo. "Perdemos US$ 2 bilhões em vendas e gastamos R$ 500 milhões com agrotóxicos", afirmou.

Valois classifica como agroterrorismo a interferência de um terceiro país para dificultar uma transação entre dois parceiros comerciais. Valois citou como exemplo o embargo chinês à soja brasileira por causa de sementes contaminadas por agrotóxicos. "Os EUA influíram diretamente nessa decisão para ganhar mercados", disse.

Há três anos responsável por pesquisas com segurança biológica, Afonso Valois alerta para as principais ameaças ao país. Segundo ele, a monília do cacaueiro pode dizimar as lavouras do Sul da Bahia. "Ela é mais violenta que a vassoura-de-bruxa porque fica oito meses nos hospedeiros". A praga já foi identificada no Peru e pode entrar no país pelo Acre. O besouro asiático, incrustado em embalagens de madeira, poderia acabar com plantações de pinus e eucaliptos. A cochonilha rosada ataca mais de 100 espécies de frutas e o ácaro do arroz pode exterminar as tradicionais plantações do sul do país. Na área animal, o registro de "vaca louca", que atinge o sistema nervoso dos animais e tem uma variante humana (o mal de Creutzfeldt-Jacob), fecharia todos os mercados para a carne bovina nacional e teria um impacto brutal nas vendas internas. "O Brasil cresceu no mercado externo a partir da 'vaca louca' na Europa e nos EUA". A gripe aviária, que ameaça virar uma pandemia, seria um desastre à produção nacional. "E pode virar uma doença humana", disse.

O pesquisador alerta para a falta de dinheiro, recursos humanos e materiais para manter e expandir as atuais estruturas de fiscalização e vigilância nos principais pontos de entrada no país. "Temos programas, conhecimento, experiência, mas não o dinheiro". Falta também a convergência institucional e uma real interação do governo com o setor privado. "Os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, por exemplo, trabalham separados", disse. Segundo ele, falta ao governo a "visão do todo".

 Amanhã, ele apresentará, durante reunião na Abin, proposta de criação do sistema nacional de segurança biológica e de um plano estratégico de vigilância de portos, aeroportos e fronteiras. Embrapa e Abin trabalham em conjunto com o Grupo de Trabalho da Amazônia (Gtam), que reúne Ministério da Defesa, Polícia Federal e os comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica. "Não há risco zero, mas riscos analisados, gerenciados e comunicados". Da Amazônia vem boa parte das principais ameaças ao país. "As fronteiras estão descobertas e as pragas e doenças estão entrando". Valois foi chefe-geral da unidade Amazônia Ocidental da Embrapa, em Manaus.

 O agroterrorismo é um elo nos mais de 100 bilhões diários surrupiados do Brasil. Entenda como acontece e o que podemos fazer para recuperar em http://bit.ly/Niobio


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