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6 ondas de desenvolvimento tecnológico.doc


A sexta onda do desenvolvimento tecnológico:
Quem chegou no meio da conversa, talvez ainda não tenha captado as implicações da 6ª onda de desenvolvimento tecnológico, a da onda da imaginação. Saiba mais sobre as 6 ondas em http://www.padilla.adv.br/crenca/
Com base no atual desenvolvimento da tecnologia (abaixo apresentado 1) colhido de http://www.inovacaotecnologica.com.br em 5/10/2015 muito mais avançado do que o esperado em 2010, a previsão de cinco anos atrás no artigo (abaixo transcrito 2) acelerando em torno de 20% o tempo estimado, decidimos atualizar esta publicação!

1. A tecnologia atual em outubro de 2015:
IBM viabiliza transistores de nanotubos de carbono
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05/10/2015
IBM viabiliza transistores de nanotubos de carbono
Esquema dos transistores de nanotubos de carbono, que avançaram a miniaturização para a faixa de 1,8 nanômetro. [Imagem: IBM Research]
Nanotransistores
Os esforços de US$3bi da IBM para chegar à era pós-silício deram novos resultados práticos.
Há poucos meses, a empresa anunciou ter conseguido integrar semicondutores futurísticos em chips de silício. Logo em seguida, em parceria com a Samsung, a empresa empurrou a fronteira atual da miniaturização da eletrônica, alcançando afaixa dos 7 nanômetros.
Agora foi dado um passo importante para substituir os transistores de silício por nanotubos de carbono- para quem não se lembra, os nanotubos de carbono já foram tão famosos quanto o grafeno, mas os progressos na sua utilização prática estão sendo mais lentos do que se esperava.
Transístor de nanotubo
Os engenheiros da IBM conseguiram miniaturizar os contatos elétricos que chegam aos componentes sem diminuir o desempenho do transístor de nanotubo, abrindo o caminho para a construção de processadores e chips em geral com uma capacidade muito superior aos atuais.
Os ganhos são tão grandes que permitem levar a tecnologia da microeletrônica para o nível de 1,8 nanômetro, quatro gerações tecnológicas à frente da atual.
Além de menores e mais rápidos, os transistores de nanotubos de carbono consomem menos energia e dissipam menos calor, além de serem mais resistentes aos vazamentos de corrente e às interferências que estão impedindo o aumento de velocidade dos microprocessadores - foi esse gargalo que levou à atual tendência de construção de processadores com múltiplos núcleos, já que não é possível acelerar cada núcleo individualmente, como ocorreu durante quase 25 anos.
IBM viabiliza transistores de nanotubos de carbono
O nanotubo de carbono liga-se quimicamente aos contatos metálicos que transportam a eletricidade dentro dos chips. [Imagem: IBM Research]
Transistores de carbono
Nos transistores de carbono, os elétrons podem se mover mais facilmente do que nos componentes de silício, e as dimensões ultrafinas dos nanotubos - e dografeno - proporcionam vantagens adicionais na escala atômica.
Dentro de um chip, os contatos são como válvulas que controlam o fluxo dos elétrons do metal para dentro dos canais do transístor, que é semicondutor.
Conforme os transistores diminuem de tamanho, a resistência elétrica desses contatos aumenta exponencialmente, o que impede qualquer otimização de desempenho. Até agora, diminuir o tamanho dos contatos causava uma queda estrondosa no desempenho - quer seja nos transistores de silício, quer seja nos de nanotubos ou de grafeno.
Os pesquisadores da IBM inventaram um novo processo metalúrgico para fabricar os contatos, uma espécie de solda microscópica, que liga quimicamente os átomos do metal dos contatos elétricos aos átomos de carbono nas extremidades dos nanotubos. Este esquema "ligado pelas pontas" permite que os contatos sejam miniaturizados abaixo dos 10 nanômetros sem perda no desempenho dos transistores de nanotubos de carbono.
Bibliografia:

End-bonded contacts for carbon nanotube transistors with low, size-independent resistance
Qing Cao, Shu-Jen Han, Jerry Tersoff, Aaron D. Franklin, Yu Zhu, Zhen Zhang, George S. Tulevski, Jianshi Tang, Wilfried Haensch
Science
Vol.: 350 no. 6256 pp. 68-72
DOI: 10.1126/science.aac8006r


Revolução Fotônica Com informações da Agência Fapesp -  05/10/2015

Os brasileiros que estão ajudando a fazer a
Este é primeiro processador de luz multiuso à base de silício, que deverá revolucionar todas as pesquisas rumo aos computadores quânticos.[Imagem: Universidade de Bristol]
Nanofotônica
Computadores, tablets, celulares e aparelhos eletrônicos em geral estão prestes a sofrer uma transformação movida pela luz.
Embora, na aparência, eles não deverão ser muito diferentes, seu funcionamento será mais rápido e consumirá menos energia elétrica graças a um novo conjunto de tecnologias que permite substituir a eletricidade pela luz dentro dos chips.
Novas tecnologias para manipular a luz na escala microscópica já estão permitindo a construção dos primeiros chips nanofotônicos de silício.
Assim como os chips de silício convencionais, os nanofotônicos são feitos de peças eletrônicas microscópicas.
Os brasileiros que estão ajudando a fazer a
O professor Gustavo Wiederhecker participou da equipe que construiu um nanorrelógio de luz e silício, uma ferramenta essencial no interior dos circuitos fotônicos. [Imagem: Zhang et al.]
A diferença crucial dos chips nanofotônicos em relação aos atuais chips de silício é que, em vez de serem integrados por circuitos de fios metálicos, responsáveis por transmitir os sinais elétricos, os componentes do novo chip se comunicam por meio de sinais de luz - mais especificamente, de luz laser. A vantagem dos sinais luminosos sobre os elétricos é transportar mais informação mais rapidamente. Nos chips nanofotônicos, a troca de informações deve ocorrer quase sem a conversão de energia elétrica em calor.
Chips com elementos nanofotônicos já fazem parte dos programas de pesquisa de multinacionais da área de eletrônica e existem vários na fase de protótipos. Quando estiverem prontos para serem comercializados, deverão beneficiar, no início, supercomputadores dos principais centros de dados do mundo.
"Há ainda problemas de física básica e de engenharia para resolver," explica o professor Gustavo Wiederhecker, físico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que estuda a interação da luz com materiais nanométricos. "Mas, em algum momento, o custo de produção vai baixar e a nanofotônica poderá entrar no cotidiano das pessoas."
Os brasileiros que estão ajudando a fazer a
O professor Paulo Nussenzveig participou do trabalho que mostrou a possibilidade de criar um "campo magnético" para a luz. [Imagem: Lawrence D. Tzuang et al. - 10.1038/nphoton.2014.177]
Laser no chip
"Os avanços recentes da nanofotônica são impressionantes, mas nada disso é tão revolucionário quanto o laser," explica Paulo Nussenzveig, físico da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em óptica quântica.
Tentando explorar fenômenos quânticos da luz em chips nanofotônicos, Nussenzveig colabora desde 2012 com a equipe da professora Michal Lipson, da Universidade Colúmbia, Estados Unidos, uma das mais produtivas no campo doscircuitos de luz e computadores fotônicos.
No ano passado, o grupo publicou um artigo na revista Nature Photonics demonstrando como um efeito magnético quântico poderia ser usado para guiar a luz por um canal microscópico em um chip de silício. "O laser foi a mudança de paradigma que permitiu o desenvolvimento de todas as tecnologias que o seguiram", diz Nussenzveig.
Os brasileiros que estão ajudando a fazer a
Três pesquisadores brasileiros participaram da criação de um diodo de luz dentro de um chip de silício. [Imagem: ITA/DCTA]
Fotônica na Medicina
Os pesquisadores estimam que a integração microscópica da eletrônica com o laser permitirá a miniaturização também de equipamentos que usam a luz para exames médicos e análises químicas. Atualmente, a maioria desses aparelhos é utilizada em laboratórios, mas o uso de chips fotônicos combinados a outras tecnologias pode permitir o desenvolvimento de equipamentos mais baratos e portáteis, que possam ser transportados para qualquer lugar.
"Alguns obstáculos ainda impedem que essa tecnologia se torne realidade, mas eles vêm sendo contornados rapidamente," avalia Vilson R. Almeida, pesquisador que estuda aplicações da fotônica em sensoriamento biológico e aeroespacial no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e no Instituto de Estudos Avançados (IEAv).
Almeida e mais dois brasileiros participaram de uma equipe internacional que desenvolveu um componente capaz de transmitir luz em apenas uma direção - um diodo óptico. O trabalho foi capa da revista Nature Materials, em 2013.
Um desses obstáculos, Almeida explica, é o uso do silício como base dos chips eletrônicos e fotônicos comerciais. Apesar de transmitir bem a luz, o silício não gera nem detecta luz de modo eficiente. "Já se demonstrou que existem soluções como o uso de materiais híbridos, que estão sendo aperfeiçoados e devem se tornar disponíveis comercialmente em até três anos," prevê. Mais recentemente, a descoberta de uma nova propriedade fotônica no silício trouxe mais entusiasmo à área.
Os brasileiros que estão ajudando a fazer a
O professor Lázaro Padilha ajudou a criar um LED 40 vezes mais eficiente usando pontos quânticos. [Imagem: Wan Ki Bae et al./NatComm]
Células solares e LEDs
Um dos nanomateriais mais promissores a serem integrados aos chips nanofotônicos de silício são os chamados pontos quânticos, especialidade do físico Lázaro Padilha, da Unicamp, que ajudou a criar um LED 40 vezes mais eficiente.
Pontos quânticos são pequenos grãos, com menos de 10 nanômetros de diâmetro, feitos de diversos materiais semicondutores. Ajustando o tamanho e as propriedades do material de que são feitos, os pontos quânticos podem transformar eletricidade em luz e funcionar como potentes lâmpadas de LED microscópicas - monitores de telas planas de altíssima resolução feitos de pontos quânticos foram lançados recentemente pela indústria eletrônica.
Fazendo outros ajustes, os pontos quânticos também podem realizar a operação inversa: transformar luz em eletricidade, funcionando como minúsculos painéis solares. "Costumo dizer aos meus estudantes que a célula solar e o LED são o mesmo animal, mas de ponta-cabeça", diz Padilha. "Daqui a 20 ou 30 anos, o telhado e as janelas das casas, o capô dos carros, tudo será coberto por uma camada de materiais que funcionarão como painéis solares microscópicos de alta eficiência, convertendo a luz do sol em energia elétrica".

Novo fenômeno caminha na fronteira entre eletrônica e computação quântica

Redação do Site Inovação Tecnológica -  06/10/2015
Novo fenômeno caminha na fronteira entre eletrônica e computação quântica
[Imagem: Yu-Chuan Lin et al. - 10.1038/ncomms8311]
Resistência diferencial negativa
A descoberta de um novo fenômeno promete impulsionar o desenvolvimento de nanocomponentes computacionais que estão na fronteira entre a miniaturização da eletrônica atual e o nascimento da computação quântica.
O fenômeno, batizado de "resistência diferencial negativa", foi identificado em pilhas de camadas atômicas de materiais promissores chamados "metais de transição dicalcogenetos" - uma classe de materiais mais conhecida pelamolibdenita, à qual pertencem o dissulfeto de molibdênio (MoS2) e o dissulfeto de tungstênio (WS2).
A resistência diferencial negativa é um fenômeno de transporte único, no qual os elétrons, devido à sua natureza de onda, tunelam - ou atravessam - camadas de materiais sólidos de diferentes resistências elétricas.
A expectativa é que esse tunelamento permita a construção de "transistores perfeitos" em camadas monoatômicas de molibdenita.
Picos e vales
Quando Yu-Chuan Lin e seus colegas da Universidade do Texas em Dallas começaram a medir a passagem da corrente elétrica através do sanduíche de dicalcogenetos, eles esperavam ver um gráfico mostrando uma subida constante da corrente.
Em vez disso, o que ocorre é um pico, logo seguido por um vale, revelando nada menos do que uma versão 2D - monoatômica - de um diodo de tunelamento. Esse diodo tanto pode vir a se tornar a metade de um nanotransístor, como um componente básico para a computação quântica.
E tudo funcionando a temperatura ambiente.
Além da medição do novo fenômeno, a grande vantagem é que as camadas empilhadas de molibdenita foram cultivadas de baixo para cima.
"Esta pesquisa é a primeira a demonstrar uma forma prática de fabricar componentes nanoeletrônicos com uma camada atômica por vez, em vez de empilhar mecanicamente as camadas," disse Moon Kim, membro da equipe.
Bibliografia:

Atomically thin resonant tunnel diodes built from synthetic van der Waals heterostructures
Yu-Chuan Lin, Ram Krishna Ghosh, Rafik Addou, Ning Lu, Sarah M. Eichfeld, Hui Zhu, Ming-Yang Li, Xin Peng, Moon J. Kim, Lain-Jong Li, Robert M. Wallace, Suman Datta, Joshua A. Robinson
Nature Communications
Vol.: 6, Article number: 7311
DOI: 10.1038/ncomms8311

 
2. O que se espera da tecnologia até 2030?
 Em 2010, na postagem original, colocamos o texto mais abaixo do artigo "Tudo o que esperar da tecnologia até 2030" publicado por Durval Ramos Junior em 27/8/2010 no Baixaqui http://www.baixaki.com.br/tecnologia/artigos.asp?au=87 onde já não está disponível. Contudo, ainda pode ser encontrado em http://www.tecmundo.com.br/previsoes/5085-tudo-o-que-voce-pode-esperar-da-tecnologia-ate-2030.htm
 Com base no atual desenvolvimento da tecnologia em outubro de 2015*, em estágio muito mais avançado do que o esperado em 2010, a previsão feita a cinco anos atrás no artigo abaixo transcrito deve ser revista reduzindo em 20% o tempo estimado!

Dizer que o avanço da tecnologia é incrivelmente rápido é estar em lugar comum. Já estamos acostumados a essa realidade e não nos deixamos mais assombrar com a quantidade de novidades que surgem a cada momento.
Entretanto, o constante lançamento de novos produtos, plataformas e conceitos cria uma série de possibilidades e necessidades até então inexistentes em nossas vidas. Quem imaginava, há cinco anos, utilizar o aparelho celular para acessar a internet da mesma forma que era feita computador?
Além do surgimento de novos recursos, há a evolução daquilo que já conhecíamos. Basta lembrar como era seu computador no início dos anos 2000 e comparar com os modelos atuais, que esbanjam velocidade e desempenho. Isso sem falar dos próprios celulares, que de “tijolos” se transformaram em pequenos centros de informação em seu bolso.
A bola de cristal
Se a tecnologia avança tão rapidamente, por que não nos espantamos mais com isso? Pode parecer paradoxal, mas a mudança é tão constante que deixamos de ver as novidades com os olhos de quem nunca viu algo daquele tipo. Tudo isso porque já esperamos essas mudanças.
Isso não quer dizer que, há dez anos, você soubesse que a internet de 100 Mbps fosse tão acessível, sendo a discada ainda era absoluta no início da década. Contudo, já víamos um salto com o surgimento da banda larga e velocidades cada vez maiores, o que nos dava uma ideia do que estava por vir.
Previsão do futuro? Pura análise de mercado.
Essas “previsões” do futuro são bastante recorrentes no mundo da tecnologia. Quem nunca viu um conceito de como serão os computadores do futuro ou seu carro nos próximos vinte anos? Porém, nenhum deles se trata apenas de “chutes” ou adivinhação, mas palpites.
Existem pessoas que são praticamente especialistas nesses “vislumbres” tecnológicos. Para isso, os chamados futuristas não utilizam bolas de cristal nem possuem poderes sobrenaturais. Eles apenas utilizam parâmetros atuais e os projetam para os próximos anos.
É o caso de Reto Meier, um autor norte-americano que fez várias previsões do futuro. Segundo ele, o ritmo com que as novidades surgem torna possível imaginar o que está por vir a curto, médio e longo prazo.
Com base em tendências encontradas em produtos atuais, como a convergência de mídias e computação em nuvens, Meier consegue visualizar qual o caminho a ser trilhado pela tecnologia nos próximos anos.
Porém, ele não é o único, e as empresas sabem disso. Dessa forma, elas formam parcerias com esses futuristas para saber em qual área investir na próxima geração de produtos a fim de agradar e conquistar um público maior.
Isso significa que todas as tecnologias para os próximos anos e décadas são apenas uma evolução daquilo que já existe. Já imaginou como será seu computador daqui a cinco anos ou se ele ainda vai continuar a existir da forma como o conhecemos em 2020?
O futuro em números
2011 é logo ali
O ano dos tablets
Se as previsões do futuro nada mais são do uma análise de tendências atuais, as projeções mais imediatas e plausíveis são quase que imediatas, ou seja, para 2011. Para isso, basta saber o que fez sucesso este ano para sabermos o que vai explodir no seguinte.
Com o lançamento do iPad e sua crescente popularização, por exemplo, é perceptível que as vendas de tablets serão bem expressivas no próximo ano, principalmente com a entrada de outras marcas no mercado.
A IDC, empresa especializada em consultoria no segmento de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, divulgou uma pesquisa que indicou a popularização das pranchetas virtuais. Segundo os resultados obtidos, cerca de 7 milhões de tablets vendidos terão sido vendidos até o começo de 2011.
iPad foi apenas o primeiro passo
Divulgação/Apple
Até então, a hegemonia nesse tipo de produto está nas basicamente nas mãos da Apple, que afirmou ter vendido aproximadamente um milhão de iPads em apenas um mês após seu lançamento. Todavia, com a chegada das pranchetas da Sony, HP e Asus, por exemplo, o consumidor passa a ter mais alternativas de escolha, além de presenciar uma queda de preços, o que vai ajudar a popularização dessa tecnologia.
Além disso, os tablets também alavancaram outra tendência para o próximo ano. Seguindo uma corrente que vem evoluindo desde o início dos anos 2000, Reto Meier aposta em aparelhos cada vez mais leves e finos.
Como dito anteriormente, isso já é algo bastante perceptível. Celulares, computadores e TVs tiveram seu tamanho reduzido ao mesmo tempo em que ganharam design moderno e inovador. Em 2011 isso não vai ser diferente e espera-se que o foco na mobilidade de produtos tecnológicos fique ainda maior.
Telas flexíveis a caminho
Divulgação/Samsung
Entretanto, como encolher algo que já está pequeno? A diminuição de espessura e o peso não são as únicas apostas para o ano que vem, que vai ser marcado pelo lançamento das primeiras telas AMOLED flexíveis. Com isso, espera-se uma nova geração de aparelhos muito mais portáteis e práticos de serem transportados.
Até então, esse tipo de tecnologia está em desenvolvimento, mas já apresenta grandes avanços. A própria Samsung trabalha em algo nesse segmento e, segundo a previsão de alguns especialistas, a tecnologia estaria disponível a preços acessíveis já em 2012.
Cobertura total
Além dos tablets, outra tendência para a comunicação móvel em 2011 é a facilidade de conexão. Isso porque, ainda de acordo com as previsões de Reto Meier, a cobertura das redes sem fio vai ser ainda maior.
Ampliação das redes sem fio
Tanto a área de abrangência do sinal 3G quanto do Wi-Fi serão ampliadas, o que vai implicar um aumento na quantidade de conexões via dispositivos portáteis, principalmente em ambientes corporativos, em que os usuários precisam estar sempre online para saber das novidades.
Isso sem falar que regiões sem acesso a essas redes passarão a estar dentro da área de cobertura. É o caso da Tailândia, que anunciou a chegada do 3G ao país a partir do ano que vem. Do mesmo modo que o país asiático, outras nações devem adotar o sistema.Evolução das redes sem fio
Outra aposta são as conexões de quarta geração, as chamadas 4G. De acordo com a operadora americana Verizon, até o fim deste ano, cerca de um terço dos Estados Unidos vai ter acesso à tecnologia LTE. Já para 2011, a expectativa é que esse número dobre.
Já estimativas apresentadas pelo grupo responsável pelas conexões WiMAX acreditam que aproximadamente um bilhão de usuários em todo o mundo estarão dentro de sua área de cobertura até o fim do ano que vem.
Esses valores apenas tendem a crescer à medida que o mercado de smartphones se expande. Para se ter uma ideia, a Apple ultrapassará a marca de 100 milhões de iPhones vendidos em todo o mundo em 2011. O dado foi divulgado pela consultora de tecnologia Katy Huberty, que apenas contabilizou o crescimento da empresa de Steve Jobs. Agora adicione as demais empresas e imagine o tamanho da demanda para essas redes sem fio.
Qualidade e interatividade acima de tudo
Uma das maiores tendências que estamos acompanhando nos últimos anos está na preocupação dos usuários em relação à qualidade de imagem em seus aparelhos. As TVs trouxeram o padrão Full HD com resolução de 1080p e os discos Blu-ray fizeram com que os filmes utilizassem toda essa capacidade durante a exibição.
Com os smartphones não foi diferente. O lançamento do iPhone 4, em junho de 2010, apresentou uma nova tecnologia para as telas de dispositivos portáteis. A chamada Tela Retina (“Retina Display”) possui uma resolução de 326 pixels por polegada, ou seja, uma quantidade acima da suportada pelo olho humano, o que resulta em uma incrível qualidade na visualização dos elementos.
Tela Retina do iPhone 4
Divulgação/Apple
Para 2011, a estimativa de Reto Meier é que outros aparelhos passem a utilizar esse sistema para oferecer o máximo de qualidade ao usuário. Mesmo que não tragam a tecnologia apresentada no aparelho da Apple, espera-se que a maioria dos lançamentos em smartphones e tablets já disponibilize telas em alta definição (HD). Com isso, o 720p deixa de ser luxo para virar necessidade.
Outra tendência tecnológica é o surgimento de aparelhos cada vez mais interativos. Já imaginou controlar seu celular sem nem sequer tocar nele para isso? Pois é esse o futuro que nos aguarda.
Uma pequena prévia disso já foi exibida com o eyeSight, uma tecnologia que utiliza a câmera de qualquer aparelho para isso. Basta um gesto em frente à lente do dispositivo para que ele entenda o que deve ser feito.
Além de permitir o gerenciamento do dispositivo de maneira mais prática, a interatividade também será disponibilizada em games, que vão atingir um novo patamar de diversão. O aguardado Kinect, acessório para Xbox 360 que vai dispensar o uso de joysticks, foi apenas uma prévia de uma tecnologia que está por vir.
Porém, o controle gestual e por voz não vai ser exclusividade dos smartphones ou dos video games. Várias universidades e centros de pesquisa em tecnologia estão desenvolvendo computadores que utilizem esse tipo de recurso, que antes parecia ser exclusividade de filmes de ficção científica.
Apesar de parecer algo futurista demais para um lançamento em breve, o controle gestual já foi apresentado em computadores domésticos. A japonesa Fujitsu, por exemplo, apresentou sua nova linha de notebooks em que o usuário não precisa tocar em nenhuma tecla para realizar suas ações. Basta utilizar a câmera para que o laptop reconheça a ordem.
Entretanto, por ser algo novo, os primeiros lançamentos com suporte para essa tecnologia vão realizar apenas pequenas operações. Um exemplo é a própria linha da Fujitsu, que oferece apenas o gerenciamento do Windows Media Player com base nos movimentos do usuário.
O reino da maçã
O reino da maçãPor mais que esse discurso já venha sendo dito há alguns anos, a crescente concorrência tem posto em xeque a hegemonia da Microsoft no mercado de sistemas operacionais. Entre seus rivais, quem mais ameaça sua soberania é a Apple.
Uma pesquisa feita pela empresa Gartner, especialista em consultoria e estudos em tecnologia da informação, os motivos para o crescimento da companhia de Steve Jobs é exatamente a fácil conectividade e interação entre seus aparelhos, que agrada aos usuários.
Ter uma plataforma simplificada que una iPad, iPhones e iPods com os Macs é um dos grandes feitos da Apple, que ganha mais e mais espaço. Esse “ecossistema” entre os dispositivos, aliado ao alto desempenho de hardware, é o que faz com que um número cada vez maior de usuários migre para o Mac OS, como afirma a consultoria.
A estimativa, ainda de acordo com a Gartner, é que mais da metade do mercado europeu e norte-americano seja dominada pela empresa em 2011. Além disso, os erros das demais marcas vão apenas alavancar o sucesso da “maçã”.
MacBooks vão desencadear a vitória dos computadores portáteis
Divulgação/Apple
A preferência por produtos Apple vai acarretar em outra tendência para o ano que vem. O aumento nas vendas de MacBooks, auxiliado pela ampliação das áreas de cobertura de internet sem fio, vai fazer com que computadores portáteis substituam a utilização dos desktops para uso pessoal.
Ao menos é o que apontou uma pesquisa de mercado realizada pela IDC. O resultado aponta um aumento de 16,1% nas vendas de laptops e de apenas 3,8% para computadores de mesa em 2011. Entretanto, os índices apresentados são referentes a uma visão mais global do segmento e não apenas dos notebooks da Apple.
Mais notebooks que desktops
A estimativa da IDC é que, até o ano que vem, mais de metade dos computadores do mundo já sejam portáteis. Um dos principais motivos para essa mudança está na praticidade oferecida por esses aparelhos. Com mais redes sem fio disponíveis, a possibilidade de estar sempre conectado torna-se realidade, independentemente de onde você esteja.
Contudo, vale ressaltar que o resultado divulgado pela IDC demonstra apenas uma tendência de mercado, transparecido pelo aumento de vendas de notebooks sobre os desktops. Os PCs como utilizamos hoje não vão ser extintos em apenas um ano, mas vão ficar cada vez mais restritos a ambientes corporativos, por exemplo.
Menores e mais rápidos
Se a tendência é que os notebooks sejam ainda mais populares, é natural que os componentes acompanhem e fiquem ainda menores. Para possibilitar a tão sonhada mobilidade, entretanto, é preciso que computadores também ofereçam alto desempenho para suportar a oferta de informação.
Evolução dos processadoresA solução para isso está na velocidade dos processadores, que já há alguns anos vem crescendo vertiginosamente. A Intel, por exemplo, já planeja atualizar sua linha Quad-Core e trazer uma nova geração de i3, i5 e i7 mais rápidos. Contudo, a diferença não ultrapassaria 0,5 GHz.
Há uma razão para essa pequena variação. À medida que se aumenta a velocidade do processamento de dados, também cresce a energia produzida pelo chip, o que gera um superaquecimento. Por conta disso, é preciso manter um limite de segurança para os computadores, o que já aconteceu.
Para sanar esse problema, uma das soluções encontradas pelas empresas é diminuir o tamanho dos processadores. Além de fazer com que o componente ocupe menos espaço – o que facilita o encolhimento do aparelho –, um chip menor gera menos calor.
Por conta disso, a tendência é que o “encolhimento” dos componentes que formam o processador atinja proporções cada vez mais microscópicas. Segundo a própria Intel, 2011 será marcado como o lançamento de transistores de 22 nanômetros.
Potência nos navegadores
O ano de 2010 foi marcado pelo início da substituição de elementos em Flash pela linguagem HTML5, principalmente em páginas bastante populares como YouTube e Vimeo. Com isso, a próxima geração de navegadores vem explorar ao máximo o novo recurso.
Um dos grandes destaques do novo formato é a possibilidade de adicionar vídeos às páginas sem a necessidade de instalar e executar plugins para isso, já que os dados são transmitidos diretamente do código. Com isso, o browser não é sobrecarregado com informações de complementos, o que o deixa mais rápido.
HTML5 para turbinar os navegadores
Porém, os vídeos não são as únicas possibilidades do HTML5. De acordo com a opinião de vários especialistas, a nova linguagem faria com que o fluxo de informações na rede fosse mais estável. Isso sem falar no carregamento de páginas, que ficaria mais rápido principalmente em dispositivos móveis.
Essas são apenas algumas vantagens trazidas pelo novo padrão. Tendo em vista esses benefícios, todos os navegadores já trataram de se atualizar para dar suporte a essa linguagem. Para o ano que vem, por exemplo, está previsto o lançamento das novas versões do Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome.
Contudo, o que essa melhoria nos browsers vai alterar em nossas vidas? Além das melhorias já citadas, a facilidade de navegação criará um ambiente propício para a navegação e, por consequência, para a criação de vidas virtuais.
Navegadores se adaptando ao novo formato
De maneira semelhante ao que aconteceu durante o fenômeno Second Life há alguns anos, a empresa Gartner acredita que mais de 80% dos usuários ativos da internet tenha uma espécie de vida paralela dentro do universo da rede até o fim de 2011.
 Apesar de a previsão ter sido feito com base no jogo que simulava a experiência humana, a estimativa não está longe de virar realidade. As redes sociais ganharam muito espaço e relevância nos últimos anos, fazendo com que o real e o virtual praticamente se unissem. Basta olhar para o Facebook, que é considerada a página mais acessada do mundo e que possui um número de usuários que cresce a cada dia.
Tecnologia verde nas ruas
 Você certamente já deve ter visto vários conceitos de tecnologia aplicados ao trânsito para resolver problemas urbanos e ecológicos. O aumento na frota faz com que problemas ambientais sejam acentuados, além de dificultar o fluxo dentro das cidades.
Para se ter uma ideia, a previsão do grupo A.T. Kearney é que 14,4 milhões de carros sejam vendidos apenas nos Estados Unidos em 2011. Agora adicione o restante do mundo e imagine o estrago causado pela emissão de poluentes à atmosfera.
Na tentativa de minimizar a situação, várias alternativas foram propostas, como o  desenvolvimento de veículos elétricos. Entretanto, o custo de produção e venda é alto, o que fez com que o projeto ficasse pouco popular até então.
Início da era dos carros ecologicamente corretos
Para o ano que vem, porém, a previsão é que as vendas dos chamados “carros híbridos” – veículos movidos a dois tipos de energia – cresça em até 35%. Esse aumento no consumo de automóveis ecologicamente corretos se dá por duas grandes razões: a queda nos preços, que torna o veículo competitivo com aqueles que utilizam combustível padrão e a diversificação da tecnologia, que possibilita o desenvolvimento de novos modelos.
Além disso, alguns governos tentam popularizar a tecnologia automobilística com base em incentivos fiscais, como isenção de impostos e benefícios para quem adquirir um carro híbrido. Dessa forma, a expectativa é que os motores elétricos deixem de ser um sonho ecologicamente correto para se tornar realidade já em 2011.
Isso é tão verdade que grandes marcas já estão investindo nesse tipo de veículos. É o caso da Toyota, Nissan, Ford e General Motors, que pretendem lançar carros híbridos já no ano que vem.
Dessa forma, espera-se que até 2015, cerca de 1,5 milhões de automóveis híbridos estejam circulando pelas ruas dos Estados Unidos. Isso possibilitaria que outros países, principalmente aqueles em desenvolvimento – como é o caso do Brasil – passassem a produzir e a utilizar esse tipo de carro.
Ao infinito e além
Lembra-se de quando viagens espaciais com tripulantes civis eram vistas apenas nas telas de cinema? Pois isso começa a virar realidade, mesmo que para poucos. Ao menos é o que propõe a empresa americana Virgin Galactic.
Avião da Virgin Galactic
Divulgação/Virgin Galactic
A companhia é responsável pelo desenvolvimento da espaçonave SpacheShipTwo, apresentada ao mundo em 2009. Desde então, o projeto esteve em fase de testes e, segundo as previsões feitas pelo grupo, o transporte espacial civil já estará disponível no ano que vem.
O percurso durará cerca de duas horas, sendo apenas cinco minutos com a ausência de gravidade. O preço do passeio será de US$ 200 mil.
De volta para o futuro: 2015
Quem assistiu ao filme “De Volta para o Futuro”, de 1985, certamente possui uma visão idealizada de como será o mundo em 2015. Como você já viu aqui mesmo no Baixaki, o longa-metragem faz projeções de um futuro com tecnologias muito avançadas, mas um tanto quanto distantes do real.
Apesar de cinco anos não ser uma espera tão longa, a evolução não espera. Por mais que você não tenha seu carro voador, muitos elementos vão se transformar e chegar a um nível em que aquele mundo que imaginávamos décadas atrás começa a deixar de ser apenas ficção.
O mundo em seu bolso
Sabe esse iPhone 4 de última geração que você tanto quer, mas considera como artigo de luxo? Em apenas cinco anos, os supersmartphones deixarão de ser privilégio de poucos para ser algo fundamental na vida de todos. Lembra-se de como era o computador há alguns anos? Com os celulares inteligentes vai ser a mesma tendência.
Crescimento no número de smartphones
 Essa necessidade por conectividade móvel, segundo a Gartner, vai fazer com que cerca de 90% da população global possua um smartphone em 2015. Em números, esse valor corresponde a 6,5 bilhões de usuários, aproximadamente.
Entretanto, mesmo que esse crescimento não seja uniforme (as previsões da consultoria apontam para um aumento menor na África e em alguns países da Ásia), é o suficiente para que surja uma preocupação em relação ao suporte oferecido a essa demanda.
Um relatório divulgado pela consultoria francesa Exane aponta um possível colapso nas redes telefônicas móveis caso a infraestrutura não seja adaptada a essa nova realidade. A grande troca de dados originada do enorme número de conexões via celular vai forçar a adoção de um novo padrão de cobertura.
Se já em 2011 a utilização das conexões 4G vai ter um crescimento considerável, a expectativa é que na metade da década a quarta e a quinta gerações já sejam consideradas padrões. Além disso, segundo as previsões de Reto Meier, essas redes sem fio serão ubíquas, ou seja, poderão ser acessadas em todos os lugares do mundo.
O mundo coberto por internet sem fio
Sendo assim, você não precisa mais se preocupar se seu destino está dentro da área de cobertura, pois a internet móvel passará a cobrir todos os cantos do mundo. Isso facilitará o crescimento da vida online, porém vai necessitar que os smartphones estejam sempre conectados, o que vai fazer com que a bateria seja desgastada com mais facilidade.
Por conta disso, Meier acredita que os próximos celulares serão equipados com baterias células combustíveis (“fuel cell”), exatamente para que sua autonomia suporte os longos períodos online. A empresa MTI Micro, por exemplo, já iniciou pesquisas para o desenvolvimento desse tipo de fonte para gadgets.
A proposta é utilizar metano como fonte para gerar energia a fim de atingir um desempenho de até dez vezes maior do que o encontrado na tecnologia atual.
Versatilidade das telas
Outra tendência um tanto quanto antiga que vai se consolidar em 2015 é o touchscreen em um número bem maior de equipamentos. Enquanto no início da década a aplicação da tecnologia em computadores ainda é bastante limitada, em cinco anos o número de máquinas equipadas com telas sensíveis a toque vai crescer consideravelmente.
Uma projeção feita pela Gartnet, por exemplo, acredita que mais de metade dos PCs comprados para usuários abaixo dos 15 anos possua touchscreen integrado. Dessa forma, as próximas gerações já iniciarão sua vida digital de maneira muito mais interativa do que aquela com que estamos acostumados.
Nova geração já estará adaptada ao touchscreen
Divulgação/Apple
Esse novo modo com que os jovens vão utilizar os computadores vai servir para alavancar a tecnologia de controle gestual e reconhecimento por voz, iniciada em 2011. Além disso, aparelhos em alta definição deixarão de ser artigos de luxo para virar padrão, da mesma forma com que o 3D fica mais acessível.
A estimativa da Informa Telecoms & Media é que, em 2015, uma média de 20 milhões de lares já tenham suas TVs equipadas com a tecnologia que permite a visualização de imagens tridimensionais.
Outra evolução em relação a 2011 está na produção de telas flexíveis. Se no início da década elas ainda estavam dando seus primeiros passos, cinco anos depois essas telas começam a ganhar um mercado maior. Isso será representado pela produção de computadores incrivelmente portáteis, como aqueles em forma de pulseiras que você viu aqui no Baixaki.
Computadores em forma de pulseiras
Fonte: Yanko Design
Entretanto, apesar de termos um ano de 2015 diferente do mostrado em “De Volta para o Futuro”, algumas tecnologias começam a despontar para aquilo que vimos no cinema. A Cisco, por exemplo, prevê a transformação de todas as superfícies em telas, o que permitira às pessoas estarem sempre antenadas em novidades. Já imaginou como seria? Poluição visual seria o menor de seus problemas.
A vida cada vez mais online
Se você acha que sua vida está cada vez mais mesclada com a virtual, imagine só como vai ser em 2015. Como já vimos, a metade da década será marcada pela cobertura global de redes sem fio e a ampliação do mercado de smartphones. Porém, o que isso significa na prática?
Se você pode estar conectado em qualquer ponto do planeta por meio de seu celular, por que fazer isso com seu grande e colossal computador? Desse modo, não é estranho imaginar que a maioria das conexões seja feita diretamente de dispositivos móveis, como prevê a Gartner.
A vitória do FacebookIsso permite que as pessoas fiquem online por muito tempo, o que resulta na migração de tarefas básicas do cotidiano para a vida virtual. De maneira muito mais intensa do que a encontrada hoje, as transações comerciais e bancárias serão feitas pela internet. Segundo a empresa de consultoria, mais de três bilhões de pessoas em todo o mundo estarão utilizando esses serviços em versões digitais.
Porém, se a compra e venda de produtos vai se transformar em uma atividade online, o que dizer das relações pessoais? O Facebook chegará ao seu ápice e atingirá um patamar equivalente ao que a Google conseguiu alcançar até hoje.
Além disso, outra tendência que a Gartner vê para 2015 é um aumento no uso de aplicativos de código aberto. Segundo a empresa, mais de 90% das companhias disponibilizarão seus programas nesse modelo, possibilitando que os próprios usuários aprimorem-no e criem novos recursos.
Ecologicamente correto e economicamente inviável
Uma das grandes apostas para a diminuição de poluentes no trânsito de 2015 é a utilização de carros com células combustíveis. Apesar de grandes montadoras, como General Motors e Honda disponibilizarem a venda de veículos equipados com essa tecnologia, a popularização ainda não ocorrerá na metade desta década.
Isso porque, de acordo pesquisadores da Universidade Nacional da Yokohama, no Japão, o valor desse recurso ficará além do poder aquisitivo de muita gente. Segundo eles, o valor deve ficar abaixo dos U$ 550 mil – o valor de um Rolls-Royce –, mas será extremamente difícil deixá-lo inferior a 22 mil dólares. Quem sabe mais para o futuro, não é mesmo?
Já na próxima década: 2020
O mundo conectado
Você chega a sua casa, coloca seus óculos e com apenas uma palavra, faz com que imagens comecem a ser exibidas em suas lentes. Enquanto caminha da sala para a cozinha, você visualiza seus sites favoritos e basta um comando de voz para que você baixe aquela foto com resolução de 1 gigapixel tirada com sua câmera.
A cena descrita mais parece ter saído de um filme de ficção científica, mas é o dia a dia de alguém segundo as previsões de analistas e consultores de tecnologia. Além disso, também é o sonho de cada pessoa apaixonada por tecnologia.
Superfícies virarão telas touchscreen
Divulgação/Displax
Seguindo a evolução iniciada uma década atrás, o ano de 2020 transformará em realidade aquilo que há muito tempo foi profetizado: a internet estará em todos os lugares. Ao contrário do que os mais apocalípticos imaginam, a previsão feita por Reto Meier é de que a rede onipresente virá para ajudar o usuário.
Com já visto em 2015, as superfícies foram transformadas em telas. Cinco anos mais tarde, a adição de sensores a toque faz com que praticamente qualquer objeto seja interativo. Além disso, a conexão à internet constante torna todos esses dispositivos comunicáveis, possibilitando a troca de dados entre tudo e entre todos.
Óculos computador
Divulgação/MSHDESIGN.DK
Os dispositivos pessoais vão se tornar mais portáteis. De acordo com Meier, as telas serão tão flexíveis e versáteis que poderão ser adicionadas em óculos, como lentes que projetam o conteúdo diante dos olhos do usuário. Auxiliado pelo comando de voz e por teclados virtuais, é possível acessar qualquer página enquanto caminha, por exemplo.
Porém, como fazer para manter a conexão entre tantos dispositivos estável? Se hoje você se vangloria de sua internet de 100 Mbps, em dez anos estaremos todos com velocidades entre 1000 e 10000 Mbps, segundo projeções feitas por consultores de tecnologia.
Grandes novidades em sua vida
O fim dos livros e a vitória dos e-readersO que você faria caso sua internet fosse tão rápida quanto à imaginada em 2020? Se com a velocidade atual a quantidade de downloads é assombrosa, nada mais lógico do que esse número crescer consideravelmente com as novas possibilidades de navegação.
Entre as várias consequências que isso acarretará está a extinção das bibliotecas da forma como conhecemos. Apesar de isso ser profetizado desde a invenção do computador, o surgimento de internet de alta velocidade e de dispositivos extremamente portáteis vai fazer com que os e-books substituam completamente os livros físicos.
A previsão feita por Jean Paul-Jacob, do Centro IBM de Pesquisa de Almaden, é compartilhada por vários consultores e futurólogos e possui uma comprovação empírica de que estamos caminhando para isso já em 2010. A Amazon anunciou este ano que a quantidade de livros digitais vendidos em seu site já superou a de impressos. Se isso está acontecendo hoje, em dez anos um livro de papel tem tudo para ser item de colecionador.
Além disso, a consciência ecológica deve estar em alta em 2020. Com as alterações climáticas ocorridas com o passar do tempo, a sociedade percebeu a importância da utilização de recursos renováveis.
O uso da energia solar, por exemplo, se tornará bastante popular na próxima década, já que a tecnologia responsável pela captação dos raios solares e sua transformação em eletricidade terá evoluído ao ponto de possibilitar uma redução de preços.
Prédios com energia solar
Fonte: Grontmij
Em dez anos, a União Europeia pretende aumentar os índices da utilização de fontes de energia renováveis em seus países. O objetivo é que 20% da eletricidade utilizada na região provenham desses recursos, principalmente do Sol.
Nas ruas ou nos céus?
O maior de todos os sonhos futuristas será realidade em 2020. Se você sempre quis presenciar o dia em que os carros voarão pelos céus em vez de lotar as ruas das cidades, cuide bem de sua saúde e viva por mais dez anos. Na próxima década, os veículos voadores deixarão de ser ficção para ser algo bastante comum. Já imaginou ter o seu?
Porém, não pense que esse tipo de tecnologia vai ser criada nos próximos anos: ela já existe! Várias empresas já desenvolveram seus projetos, embora poucos tenham saído do papel. Entretanto, outras estão em estágio bem avançado. É o caso da Terrafugia, que já conseguiu autorização do governo dos Estados Unidos para fabricar o primeiro modelo de carro voador.
Transition, o carro voador
Divulgação/Terrafugia
Além disso, o design desses veículos tende a evoluir em uma década. O automóvel da Terrafugia, por exemplo, parece muito mais com um avião do que com um automóvel. Com o passar do tempo, a tendência é que seu tamanho diminua e sua forma fique mais “apresentável”.
O mesmo deve acontecer com os preços. O modelo que deve ser lançado no fim de 2010 possui um valor estimado de US$ 194 mil – algo próximo de R$ 340 mil. Com a entrada de outras marcas e a evolução da tecnologia, o esperado é que os carros voadores fiquem mais baratos e populares.
2030: Os Jetsons estavam certos
“Os Jetsons” foi um desenho que fez muito sucesso no Brasil durante a década de 80. A animação retratava o cotidiano de uma família na metade do século XXI, com direito a robôs como empregados, carros voadores, projetores e tudo aquilo que a imaginação da época imaginava como sendo o futuro.
As previsões para 2030 se aproximam muito disso. Guardando as devidas proporções, muito das tecnologias que faziam as crianças da época encherem-se de assombro saem da ficção para se tornar realidade.
Você é o computador
Lembra-se daquele computador em forma de óculos que você utilizava como computador há dez anos? Venda para um antiquário enquanto ainda vale algo, pois em 2030 ninguém mais vai querer saber de algo tão grande para acessar a internet ou seus arquivos.
Você é o computador
Nesta década, a grande tendência será transformar o ser humano em um computador. O primeiro passo para isso, de acordo com as previsões de Reto Meier, é transformar as telas dos computadores em pequenas lentes de contato, como uma espécie avançada de realidade aumentada. Dessa forma, as imagens seriam enviadas diretamente para a retina do usuário.
Essa ideia futurista já foi posta em prática no cinema. Quem assistiu ao filme “O Exterminador do Futuro 2” certamente se lembra da cena em que o personagem vivido por Arnold Schwarzenegger faz uma  leitura do local com base em informações existentes em um banco de dados. Tudo isso com um simples olhar.
Holografia também será comumContudo, essa nova forma de computação vai muito além da facilidade de ter tudo em seus olhos. Em 2030, o cloud computing já será utilizado em larga escala e, ainda segundo Meier, você terá acesso e controle irrestrito a essas informações por meio de sua mente. Bastaria pensar para abrir um site ou executar um arquivo.
Além disso, o entretenimento também vai ser semelhante ao visto em “Os Jetsons”. Por mais que a tecnologia ainda esteja em seu início, o “World Future Group” acredita que em 2030 já teremos TVs que exibem imagens em holografia 3D. Já imaginou como seria assistir aos seus jogos do seu time do coração?
Segurança segundo Isaac Asimov
Isaac Asimov é considerado o pai da robótica, principalmente por conta da "Série da Fundação" e demais livros que abordam o tema. Em "Eu, robô", por exemplo, ele retrata um mundo em que humanos e robôs coexistem pacificamente. Pois em 2030 isso já estará acontecendo."
Segundo Marshall Brain em seu livro “Robot Nation” (Nação robótica, em uma tradução livre), em vinte anos será possível encontrar robôs à venda com a mesma facilidade com que vemos geladeiras hoje em dia. Além disso, a inteligência artificial desenvolvida será tão evoluída que as máquinas poderão facilmente substituir o ser humano em determinadas tarefas.
Prepare-se para competir com robôs
Pesquisadores da DARPA (sigla em inglês para Agência de Projeto de Pesquisas em Defesa Avançada) já estão desenvolvendo a inteligência robótica para que carros possam ser dirigidos como em uma espécie de piloto automático avançado. A proposta é, até 2030, fazer com que os robôs consigam identificar e compreender o ambiente de forma que possam conduzir um veículo de maneira segura sem ninguém ao volante.
Porém, Asimov não é o único autor a inspirar as tecnologias do futuro. Em seu livro 1984, George Orwell criou a figura do “Grande Irmão” (o famoso Big Brother), também chamado de “O Olho que tudo vê”, pois é capaz de monitorar todas as ações dos cidadãos de determinado país.
Monitoramento do Grande Irmão
De maneira semelhante, 2030 terá microcâmeras e gadgets espalhados por todos os lugares, fazendo gravações e registrando cada momento. Nesse futuro imaginado por Gene Stephens, professor da Universidade da Carolina do Sul, os dispositivos invisíveis criariam um ambiente seguro para todos.
Seu carro novo
Como você imagina que serão suas férias nas vésperas da metade do século? Se você se imagina passando um tempo na casa de sua tia, no interior, ou aquele temporada de calor na praia, saiba que você precisa pensar muito além disso para compreender 2030.
Os carros elétricos já serão economicamente viáveis, o que vai possibilitar uma adesão maior ao mercado. Durante vários anos, essa tecnologia foi aprimorada, o que resultou em um barateamento. Isso, segundo o “World Future Group”, vai fazer com que esse modelo de veículo seja considerado como o novo padrão.
Avião do futuro
Divulgação/AirBus
Se você tem medo de avião, fique tranquilo. Vinte anos será tempo o suficiente para que o sistema aéreo se desenvolva tecnologicamente a ponto de tornar-se muito mais seguro do que atualmente.
É o caso de um projeto da Airbus para 2030, que traz uma aeronave com design avançado. Essa alteração, em conjunto com alguns elementos tecnológicos, vão permitir que a viagem consuma menos combustível e que o voo seja muito mais estável, trazendo conforto e segurança ao passageiro. Já para quem quer curtir a paisagem, essa tecnologia pode fazer com que o chão e as paredes fiquem invisíveis.
Enquanto isso, em 2010
Depois dessa viagem ao futuro, resta a dúvida: quando essas mudanças começarão a acontecer? Pois saiba que eles já estão em andamento há muito tempo. Como dito anteriormente, os futurólogos utilizam tendências e gostos da atualidade para saber o que será encontrado no futuro. Portanto, tudo o que foi apresentado neste artigo não passa de um rumo natural da tecnologia atual.
Entretanto, por se tratar de previsões, não há como afirmar que isso ou aquilo vai acontecer da forma como descrito. Ou se vai acontecer realmente, já que o futuro é algo impossível de ser controlado. Basta ver as projeções feitas em 2000 para este ano. Apesar de muitas terem sido exatas, tantas outras não saíram da imaginação.


Depois dessa viagem ao futuro, resta a dúvida: quando essas mudanças começarão a acontecer? Pois saiba que eles já estão em andamento há muito tempo. Como dito anteriormente, os futurólogos utilizam tendências e gostos da atualidade para saber o que será encontrado no futuro. Portanto, tudo o que foi apresentado neste artigo não passa de um rumo natural da tecnologia atual.
Entretanto, por se tratar de previsões, não há como afirmar que isso ou aquilo vai acontecer da forma como descrito. Ou se vai acontecer realmente, já que o futuro é algo impossível de ser controlado. Basta ver as projeções feitas em 2000 para este ano. Apesar de muitas terem sido exatas, tantas outras não saíram da imaginação.



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