".Entre o artesanato e a indústria, eu ainda prefiro ... não julgar a julgar errado"
O STJ foi criado com objetivo de assegurar a aplicação do Direito. Instalado em maio de 1989, desempenhou um magnífico papel na renovação do Direito:
Contudo, os lobistas das multinacionais colocaram em prática uma estratégia para inviabilizar o funcionamento da Justiça. Envolvia falsas crenças, “trabalho intelectual poder ser mensurado por quantidade”, e inversão de valores "Justiça precisa ser célere". Preocupados em aparentar, com estatísticas de produtividade de movimento de processos e de quantidade de decisões, permitiram que se instalasse uma "acultura da superficialidade".
Sem o exame cuidadoso aumentam as chances de escolhas incorretas; priorizar a rapidez produz muitos erros. A justiça vira uma loteria. Vencer não é mais a prerrogativa de quem tem razão, mas de muita sorte ou de influência.
Nessa acultura nasceu o vício da improcedência: É muito mais fácil buscar um único motivo para indeferir, do que analisar tudo; Ademais, numa indenização, não basta concluir que houve lesão, e quem causou: Necessário examinar ainda mais, para mensurar o dano.
A improcedência dos pleitos justos, e a impunidade dos maus, estimulou-lhes a audácia. Hoje, não existe respeito aos direitos do consumidor:
Quem tira proveito dessa inversão de valores? Às multinacionais e megaempresas, que lesam os consumidores.
“Não está sendo fácil corrigir os rumos, implantar práticas administrativas modernas, desalojar os vilões do Poder e, principalmente, mudar os usos e costumes de um Judiciário desenvolvido à sombra de uma sociedade elitista, patrimonialista, desigual e individualista. Este não é um trabalho de pouco e para pouco tempo. É meta arrojada a exigir esforço concentrado de todos os atores da atividade judicante, especialmente dos magistrados. Não podemos esperar pelo legislador e pelo Executivo. A iniciativa de reconstrução é nossa”. Ministra Eliana Calmon, ao tomar posse como Corregedora, no STJ, em 2012.
Ao assumir a Presidência do STJ, em 2010, o Ministro Ari Pargendler posicionou-se contra a "acultura da superficialidade":
Ari Pargendler tomou posse posse como Ministro do STJ em 1995.
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