(31.05.10)
Para enfrentar a guerra travada na Justiça Eleitoral desde o início do ano, PT e PSDB estão escudados por verdadeiros bunkers jurídicos para livrar seus presidenciáveis de grandes enrascadas no Tribunal Superior Eleitoral. São advogados renomados no meio jurídico e muito bem pagos para a tarefa.
Uma equipe que atende a um presidenciável pode fechar um contrato entre R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para um período de seis meses. A dedicação é exclusiva, 24 horas por dia atentos aos despachos e decisões de sete ministros da Corte e do Ministério Público Eleitoral. As informações são do jornal O Globo, em sua edição de ontem (30).
A equipe tucana está mais azeitada, pois atua em conjunto desde a campanha de 2002. Até agora são oito advogados, com experiência de anos em direito eleitoral. Em Brasília está o ex-ministro do TSE José Eduardo Alckmin e sua equipe. Em São Paulo, fica Ricardo Penteado, advogado de confiança de Serra nas eleições, que tem ao seu lado Arnaldo Malheiros, ex-diretor geral do TRE de São Paulo.
O time petista perdeu fôlego com a saída de Antonio Dias Toffoli, que ocupou a vaga da Advocacia-Geral da União e foi indicado ministro do STF. Também deixou a equipe sua mulher, Roberta Rangel. Experiente e conhecido pelos ministros do TSE, o principal advogado do PT, Márcio Silva, tenta reestruturar a equipe.
Disposto a garantir apoio de peso à campanha de Dilma, em março deste ano o presidente Lula convocou o amigo e ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. De notoriedade indiscutível, ele é visto no TSE nas posses dos ministros.
Bastis, indagado sobre o papel de coordenar a defesa de Dilma, minimizou, afirmando que seria "um consultor", mas na linha de frente estariam Márcio Silva, o secretário geral do PT, José Eduardo Cardozo, e Pierpaolo Bottini, sem vivência no TSE.
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