Crack, a droga que não forma craques.

A disseminação das drogas é parte da manipulação psicopata:

 

Crack, a droga que não forma craques.

(Archimedes Marques)
 Estamos em aguda e profunda crise urbana e social relacionada ao crack, essa droga avassaladora, aniquiladora e mortal que vem fazendo vítimas e mais vítimas diariamente em todo canto do nosso País.
O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares, aumenta a criminalidade onde se instala, degrada e mata mais do que todas as outras drogas juntas.
De poder sobrenatural o crack pode viciar o usuário já na sua primeira ou segunda experiência e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos dos seus usuários e familiares, fatos policias diários e opiniões de especialistas sobre os efeitos e as conseqüências nefastas da droga podem ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.
A composição química do crack é simplesmente horripilante e estarrecedora. A partir da pasta base das folhas da coca acrescentam-se outros produtos altamente nocivos a qualquer ser vivo, tais como: ácido sulfúrico, querosene ou solvente e a cal virgem,  que ao serem processados e misturados se transformam numa pasta endurecida homogênea de cor branco caramelizada onde se concentra mais ou menos 50% de cocaína, ou seja, meio à meio cocaína com os outros produtos altamente nocivos citados. A droga é fumada pura, misturada num cigarro comum ou num cigarro de maconha que recebe a denominação de "bazuca".  
A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando inicialmente euforia e aumento de energia ao usuário, com isso advém, a diminuição do sono e do apetite com a conseqüente perda de peso bastante rápida e expressiva.
Logo os efeitos nefastos biológicos aparecem para os seus usuários, tais como: aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilação da pupila, elevação ou diminuição da pressão sanguínea, calafrios, náuseas, vômitos, convulsão, parada respiratória, coma ou parada cardíaca, infarto,  doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, para os fracos e debilitados usuários sobreviventes, ao longo do uso da droga, há perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do produto assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição. O crack também causa a destruição dos neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo do seu usuário, fenômeno esse conhecido na medicina como rabdomiólise, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo com ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparentes.
O crack é tão perigoso que até o próprio traficante que tem consciência desse perigo, de tal droga não faz uso. Dificilmente e raramente um traficante usa o crack o que não ocorre com os outros tipos de drogas em que muitos deles também as utilizam em consumo próprio.
A disseminação do crack é constante e diariamente prende os menos avisados assim como uma teia de aranha para as suas presas, transformando as suas vítimas em verdadeiros mortos-vivos a perambular pelo submundo da sociedade.
Pesquisando junto às opiniões dos médicos e especialistas em tratamento dos drogados conclui-se que realmente estamos perante uma epidemia, porque há um número explosivo de casos nos últimos três anos. Antes era uma raridade, havia nas unidades hospitalares especializadas 90% de outras dependências e 10% de crack. Hoje há o contrário. É unânime o conceito dos especialistas em afirmarem categoricamente que o crack é uma droga diferente das outras, muito mais severa e contundente. Não há outra droga que produza um declínio físico e mental maior para o viciado quanto o crack.
Segundo estudos realizados por especialistas na área, as dificuldades para o tratamento dos viciados em crack também são imensas, por isso, a grande preocupação das autoridades ligadas ao tema da intensa problemática. É preciso de extrema força de vontade do próprio viciado para poder se livrar desse malefício infernal.
A conscientização e o investimento em massa na área da educação, na prevenção, com aulas, palestras, seminários e um convívio mais profundo e dialogado no seio da sociedade especialmente entre pais e filhos, poderá livrar-nos dessa epidemia. Não podemos achar que a polícia ou a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, escolas e outros lugares de convivência, principalmente dos jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas.
No País do futebol precisamos sempre formar mais e mais competentes e excelentes atletas craques da bola, do esporte e não incompetentes e debilitados cracks desta droga satânica.

O Autor, Archimedes Marques, é delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS;  archimedesmarques@infonet.com.br archimedes-marques@bol.com.br

 
----- Original Message -----
Sent: Friday, February 26, 2010 4:56 PM
Subject: Re: Dissidência no tráfico de drogas EV 22f2010

Caro Professor Padilla:
Muito me alegra e me enobrece as sua palavras elogiosas quanto ao meu 
texto em seu importante e organizado portal. O crack é sem sombras de 
dúvidas a droga mais avassaladora e mortal existente, por isso 
precisamos cada vez mais difundir os nossos contras para que assim 
possamos salvar algumas pessoas desta ida sem volta. Segue mais um 
artigo pertinente para analise e possivel publicação.
Abraços fraternos.
Archimedes Marques.

Boletim ESPACO VITAL Sent: Monday, February 22, 2010 9:52 AM
Subject: Notícias de casos judiciais - 22.02.2010

Destaques de segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010.
Dissidência no tráfico de drogas - Artigo de Archimedes Marques
 "Traficantes em campanha e em início de batalha mortal - não pela disputa de
território, mas pela tentativa desesperada de conter o avanço dos malefícios
do crack, que muitos teimam em reproduzir". Artigo de Archimedes Marques,
delegado de polícia no Estado de Sergipe.

Dissidência no tráfico de drogas - Artigo de Archimedes Marques
(22.02.10)
Por Archimedes Marques, delegado de polícia no Estado de Sergipe

O povo assiste atônito as conseqüências nefastas advindas do crack, a
chamada "droga do século", que chegou para arruinar a vida de muitos, piorar
ainda mais a vida de toda a sociedade brasileira e agora até em
contrariedade aos interesses de vários traficantes de drogas que em mudança
de opinião, em discordância ao seu comércio já fazem campanha e iniciam
guerra  contra o seu uso.

Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos dos
seus usuários e familiares, fatos policias diários e opiniões de
especialistas sobre os efeitos e as conseqüências funestas da droga podem
ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento,
degradação e morte.

A composição química do crack é simplesmente horripilante e estarrecedora. A
partir da pasta base das
folhas da coca acrescentam-se outros produtos altamente nocivos a qualquer
ser vivo, tais como o ácido sulfúrico, querosene, gasolina ou solvente e a
cal virgem,  que ao serem processados e misturados se transforma numa pasta
endurecida homogênea de cor branco caramelizada onde se concentra mais ou
menos 50% de cocaína, ou seja, meio à meio cocaína com os outros produtos
citados.

O seu usuário pode ter convulsão e como conseqüência desse fato, pode
levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca. Além disso, para
o debilitado e esquelético  sobrevivente seu declínio físico é devastador,
como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão,
acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta, além da perda dos seus
dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack
assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.

O crack é tão perigoso quanto degradante e mortal que até o próprio
traficante dele não faz uso e agora já começa a repensar o seu comercio.

Recentemente o jornalista e cientista político Segadas Viana, escreveu sobre
a questão de um ponto do tráfico do Rio de Janeiro estar fazendo campanha
contra o crack. São trechos básicos da matéria jornalística denominada
Tráfico veta copinho pra acabar com crackudo vacilão: "salve um crackudo...
Rasgue o copo".

As palavras, escritas em um cartaz ao lado da foto de três jovens fumando
crack e da imagem de um copo de plástico, fazem parte de uma campanha para
tentar dificultar o uso da droga. Como os usuários preferencialmente
utilizam copinhos de guaraná natural, a idéia é convencer os fãs da bebida a
rasgá-los antes de jogá-los fora.

Mais inusitado que a campanha é o local em que ela tem sido feita: o cartaz
foi encontrado durante uma incursão policial no Morro do Pavão, em
Copacabana, na zona sul do Rio. Ele estava colado em uma das bocas-de-fumo
controladas por traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho
(CV), na principal entrada da favela.

Abaixo do "slogan da campanha", um texto expõe motivos para conquistar
adeptos:  "Pô mano, ta ligado que o bagulho ta ficando sinistro em todas as
favelas do Rio de Janeiro, né? Aonde vc passa tem um menozinho correndo
igual doido com as calças caídas, descalços. Que vergonha. Ou então vê uma
mina toda ruim, toda torta, toda magrela. (...)"

Mas o cartaz não é a única bandeira na tentativa de desestimular o uso do
crack. Um funk batizado como "Crackudo vacilão" tem sido tocado nos bailes
realizados nos morros e favelas. A letra da música diz: "Pedra pura, deixa a
gente no maior tédio / Vendendo a roupa do corpo / E a janela do prédio /
Mas depois triste num canto sozinho / lembra que se derramou / a madrugada
num copinho / aí vem o desespero / tô com maior cabelão / eu vendi a
geladeira, a tv e o fogão / aí vem o desespero / tô com maior cabelão / eu
vendi a porra toda, eu sou um crackudo vacilão" (...)

Em outra matéria jornalística, desta feita no Rio Grande do Sul, publicada
no Jornal Zero Hora, dia 19/11/2009, o jornalista Humberto Trezzi assim
discorreu em parágrafo basilar do seu artigo denominado Traficantes vetam
crack em Santa Cruz: "A quadrilha que domina a venda de drogas no bairro
mais populoso de Santa Cruz do Sul decretou que não vai vender mais crack.
Além disso, anunciou represálias severas a quem comercializar a droga na sua
área de atuação... venderão os estoques. Depois, vai vigorar a pena do
submundo contra quem violar a regra - que pode incluir morte."

Segundo o jornalista, o recado foi repassado em uma reunião em que fizeram
parte aproximadamente cem pessoas na associação de moradores do bairro Bom
Jesus e confirmado por repórteres do jornal Gazeta do Sul.

Tais campanhas realistas do tráfico contra o crack demonstram a preocupação
dos traficantes quanto a perda substancial dos seus compradores ou
consumidores que logo morrem em decorrência da ação devastadora da droga, ou
seja, estão perdendo mercado porque estão matando seus próprios clientes,
com isso há a diminuição de lucro e em conseqüência do fato, também resta
enfraquecido o comercio das outras drogas, daí a motivação desta suposta boa
ação que estão a praticar para a sociedade.

É fato realmente inusitado: traficantes em campanha e em início de batalha
mortal não pela disputa de território, mas pela tentativa desesperada de
conter o avanço dos malefícios do crack que muitos teimam em reproduzir.

É de bom alvitre alinhavar que campanhas legais e vitoriosas como crack nem
pensar, droga mata, anti drogas, a droga da morte, a pedra da morte,
Montenegro contra o crack, dentre outros que arrastam adeptos importantes e
adorados pelo povo como artistas, atletas, cantores ou demais celebridades,
formadores de opinião pública, somados ao combate incansável efetuado pela
força pública através da Policia, tem sido de suma importância na prevenção,
repressão ou na recuperação de drogados, fazendo com que aumente ainda mais
a frustração dos traficantes.

Assim, nesta nova modalidade de guerra do tráfico de drogas, que pode ser
batizada de guerra do crack, vez que supostamente o comando vermelho já
tomou partido, pode haver o aumento da dissidência e como consequência, uma
grande quantidade de mortes.


 Descubra como reconhecer os psicopatas disfarçados de humanistas e as suas armadilhas:


http://padilla-luiz.blogspot.com/2015/06/perigosos-manipuladores-dissimulados.html

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